Estava com muita vontade de falar desse livro, sabe aquele livro que você quer que todo mundo leia? O meu é esse (tem outros também rsrs). Henry De Tamble tem um raro problema genético, quando se emociona ele pode viajar no tempo, isso mesmo, sem o menor controle ele viaja para o passado e futuro da sua amada e o seu próprio. Divertido? Está mais para complicado, Henry não tem o menor controle disso, as viagens acontecem em momentos inusitados e ele não leva consigo nem uma peça de roupa. Desde criança, quando uma mudança trágica em sua vida acontece desencadeia a doença, ele aprende a se virar de um jeito ou de outro, com pequenos furtos, fugas e muita confusão. A dádiva foi conhecer Clare Abshire desde a infância, durante a adolescência e em todos momentos de sua vida. Em momentos diferentes e com idades diferentes, porque no espaço-tempo tudo está sempre acontecendo, nenhum momento fica totalmente para trás para um viajante como ele e para Clare que conhece seu amor desde a infância como um homem maduro até encontrar ele por acaso no meio da vida. Ela tem no mesmo homem um amigo de infância, o primeiro amor e o amor de sua vida. A forma como a autora usa as viagens no tempo para construir uma relação única e forte que vence qualquer coisa é perfeita e encantadora, para quem não está acostumado com narrativas que não são lineares peço paciência no começo o que pode parecer um pouco solto, depois se mostra fundamental, os fragmentos explicam muito do que você precisará para não perder o fio da meada como diria vovó. Me apaixonei pela história deles, pela força de Claire que não pode ter o que quer o tempo todo como todos nós pobres mortais, mas como isso não a impede de ser feliz.
O filme
Tem filme! Eu achei legal, menos o nome do filme em português “Te amarei para sempre”, cafooooona e não combina com o inusitado da história. Outra coisa que não gostei foi a Clare do filme ser loira. Além dessas coisas fúteis e bobas, o filme perde para o livro na quantidade de viagens, a história no filme é mais linear. (Não vou entrar no mérito de que o livro é sempre melhor, porque isso é básico). Vale a pensa ver o filme depois de ler.
O trailer eu considero spoiler, acho que ele mostra demais, pelo menos para mim que gosto de não saber de certas coisas que vão acontecer, é claro que deixa incertezas, mas sei lá…Não sei se é porque já conheço a história e vejo além do que está sendo exibido, você que sabe se assisti ou não, preferi avisar 😉
Ficha:
- Lançamento 16 de outubro de 2009 (1h 50min)
- Dirigido por: Robert Schwentke
- Com: Eric Bana, Rachel McAdams, Ron Livingston
- Nacionalidade: EUA
A autora
Audrey Niffenegger é americana e estreou como escritora com esse livro mesmo.
Trechos de uma matéria feita com ela pelo o G1 na Bienal do Livro de 2011:
“Minhas histórias não são feitas especificamente para mulheres, mas acho que elas acabam se conectando mais. Tento sempre mostrar que homens e mulheres têm as mesmas questões em seu íntimo”, conta a autora.
“Talvez aqui no Brasil essa ideia tenha até um efeito diferente, porque o feminismo no Brasil ainda está em um outro estágio”, diz Niffenegger. “Pelo menos é o que percebo, aqui as mulheres parecem mais dependentes emocionalmente”, afirma, ao ser perguntada sobre o sucesso de seus livros com o público feminino brasileiro.
A escritora, que descreve seu processo criativo como “caótico”, conta que geralmente inicia uma história pelo desfecho e depois vai pinçando cenas para escrever, sempre fora de ordem. “Em ‘A mulher do viajante no tempo’, tudo começou com a imagem de uma idosa apenas esperando, e comecei a pensar no que poderia ter acontecido para ela chegar àquela situação”, conta a autora, que levou cinco anos para concluir o romance.
Ela conta que cada personagem de suas tramas carrega alguma característica de sua própria personalidade. “Pode ser uma semelhança grande ou um detalhe bobo, mas há sempre algo meu em todos eles. É uma forma de dar uma alma a essas pessoas imaginárias”, afirma.
Sinopse do seu outro livro (que ainda não li e que descobri que existe pesquisando para escrever esse post e já entrou na listinha :
Uma estranha simetria
A história de Uma estranha simetria, gira em torno da morte de Elspeth Noblin, que transforma-se em um fantasma. “Elspeth se torna um fantasma porque, ao morrer, ela se recusa a ir embora. É essencialmente a sua própria vontade que a mantém aqui. O que deixa um pouco no ar é o quão sincera ela está sendo. Ao longo do livro é a sua extrema força de vontade que faz tudo acontecer”, explica a autora.
Quando Edie, a irmã gêmea de Elspeth, recebe a notícia de sua morte, vem junto uma surpresa: ela deixou para as sobrinhas o seu apartamento com vista para o imponente cemitério Highgate, em Londres – com a condição de que as duas vivam lá por um ano. Quanto a Edie e seu marido, Jack, o testamento estipula que não podem acompanhar as meninas na mudança nem entrar no apartamento.
“Querida e, Eu te disse que avisaria… então lá vai… adeus. Tento imaginar como seria se fosse com você… mas é impossível imaginar um mundo sem você, mesmo depois de termos passado tanto tempo separadas. Não deixei nada para você. Você recebeu a minha vida. É o bastante. Em vez disso, estou fazendo uma experiência… deixei tudo para as gêmeas. Espero que elas apreciem. Não se preocupe, tudo vai ficar bem. Diga adeus ao Jack por mim. Com amor, apesar de tudo, e”.
As gêmeas Julia e Valentina, de 20 anos, têm uma forte conexão, como se espera de irmãs condicionadas à presença uma da outra desde o útero. Situação muito diferente da que vivia sua mãe e sua tia, Elspeth: não se viam há 21 anos, e viviam a um oceano de distância. As meninas nunca tinham estado em Londres. Nunca haviam saído dos Estados Unidos. Londres era a terra de sua mãe, mas Edie e Jack raramente falavam sobre o assunto. Agora, Edie era americana – tinha se tornado nativa, ou quase isso. A família Poole morava em um subúrbio de Chicago que fingiu, em seus primórdios, ser uma aldeia inglesa.
Mas a descoberta de que estava prestes a morrer, faz com que Elspeth quisesse se aproximar de suas sobrinhas. As razões da tia, desvendadas pouco a pouco, são inusitadas e inesperadas. Em uma carta endereçada as gêmeas, ela revela: “Eu esperava conhecê-las algum dia, mas isso não vai acontecer. Talvez vocês estejam se perguntando por que estou deixando todos os meus badulaques para vocês e não para a sua mãe. A melhor explicação que posso dar é que me sinto bastante esperançosa em relação às duas. Fico curiosa em saber que proveito poderão tirar da situação. (…) Talvez vocês considerem minhas condições um pouco duras. (…) Não estou tentando semear discórdia na sua família. Estou tentando proteger minha própria história. Uma coisa ruim sobre estar à beira da morte é que comecei a sentir que minha vida está sendo apagada. Outra coisa ruim é que não vou conseguir descobrir o que vai acontecer depois”. É assim que Julia e Valentina, segunda geração de gêmeas da família Poole, partem rumo a uma experiência transformadora.
É no mínimo bem curioso, o que acham?