Compartilhando essa matéria porque achei muito fofa a ideia.
Em uma época de mídias digitais, um esperançoso e criativo namorado, Paul Phillips, optou por pedir a mão da namorada, Erika Ramos, em casamento através de um livro infantil. Em uma incrível demonstração de criatividade, ele planejou tudo com semanas de antecedência.
Ele vasculhou a internet para encontrar um ilustrador para ajudá-lo a criar um livro infantil relatando o seu relacionamento amoroso. Depois de tê-lo ilustrado e impresso, ele contratou um fotógrafo que secretamente colocou o livro na seção infantil de uma biblioteca local, e esperou por trás de algumas prateleiras para documentar a proposta.
Paul planejou uma noite romântica com a namorada, com vinho e jantar, mas precisava passar pela biblioteca primeiro para devolver alguns livros (ele havia retirado alguns na semana anterior para que fossem obrigados a devolver antes do jantar), e aproveitou para pegar outros para os sobrinhos de Erika. O namorado pegou um livro, disse a ela que parecia uma boa, e pediu para ela ler para ele.
Quando ela chegou na página da história sobre o gorila propondo a girafa em uma biblioteca, ele ficou de joelhos e fez a proposta, igual ao livro. Ela disse sim
“Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem – Deus o livre – Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas – cada uma, individualmente falando – terminaram com ele.”
Primeiro a sinopse porque ela é ótima:
Colin conhece Katherine. Katherine gosta de Colin. Colin e Katherine namoram. Katherine termina com Colin. É sempre assim. Após seu mais recente e traumático pé na bunda, o Colin que só namora Katherines resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-garoto prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, com pura matemática, o desfecho de qualquer relacionamento.
Uma descoberta que vai entrar para a história, elevando Colin Singleton diretamente ao distinto ponto de gênio da humanidade. E também, é claro, vai ajuda-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
O livro:
Esse é o primeiro livro que leio dos que comprei na bienal, queria algo levinho de ler, tranquilo que distraísse mesmo, e o livro cumpriu muito bem o seu papel. O livro é bem bacana, trata dos dilemas dos adolescentes que estão indo para a fase adulta, e acabam achando que o futuro já está decidido que a vida deles vai seguir uma trajetória linear e que os problemas são muito maiores do que são. Como o Colin descobre o futuro é um grande globo de neve, que de vez em quando alguém vem e sacode tudo. Fora essas lições a narrativa tem pontos altos, com humor sutil, dados irreverentes, o autor, John Green, se mostra um ótimo contador de histórias.
É muito interessante pegar um personagem superdotado, que todo mundo pensa nossa deve ser uma maravilha ter habilidades especiais e desconstruir isso. O fato dele fazer anagramas é muito legal também e é claro todas as histórias com as Katherines, que fazem parte do livro mas não o dominam, apesar de dominar a mente do Colin. Os melhores amigos do Colin: Hassan e Lindsey completam o jogo e tentam fincar os pés do menino na terra, trazendo ele para o mundo “normal” que não gira em torno do seu umbigo. Gostei bastante! Recomendado!
Na minha estante, os dois livros separados por uma rosa neutra.
Foi assim, no frio que fez hoje, que terminei de ler A Rainha Vermelha… curtindo o frio com um chocolate quente. Primeiro tenho que parabenizar a autora, Philippa Gregory, pela proposta ousada do livro, que pertence a série plantageneta junto com A Rainha Branca, como comentei aqui antes (confira). Não contente em contar a história de Elisabeth Woodville e seu amor com o ascendente rei da casa York, Eduardo IV, e junto com isso todos os seus problemas, conquistas e perdas durante o reinado de seu marido, fez um outro livro contando a história de sua “rival” em planos para a Inglaterra Margaret Beaufort da casa Lancaster. Ela conseguiu contar a mesma história sem deixar o livro repetitivo e chato, amei!
Os acontecimentos são quase o mesmos, só que vistos por óticas e planos diferentes, muito diferentes, não só por estarem em lados opostos que se bifurcam todo o tempo durante a história, mas por serem mulheres muito contrárias. Elisabeth viveu o amor e suas consequências, acreditava ter visões sobre o futuro e dons de amaldiçoar aqueles que a prejudicaram por ser descendente da deusa Melusina, e teve a capacidade de dar vários herdeiros ao rei.
Já Margaret, cresceu acreditando ser santa, capaz de fazer conexão direta com Deus, carola mesmo, condena os atos que não sigam totalmente a sua fé. No começo cresceu acreditando que seu caminho era religioso, mas devido as condições de uma mulher de sua posição na época, foi forçada a casar muito nova e nunca obteve nenhum prazer naquilo. E ao dar a luz ao seu único filho, passa a lutar desde o parto para coloca-lo no trono inglês e trazer de volta a casa Lancaster para o poder.
O plano de fundo dos dois livros é a guerra entre primos, a guerra entre os Lancaster e o os York, frutos de uma mesma dinastia e todos com muita vontade de ter o poder. Eu não consegui deixar de preferir a Elisabeth, mesmo depois de ler o lado da Margaret na história, achei ela muito chata rsrs Mas foi muito bom conhecer o que estava além dos olhos da Elisabeth. Pelo que pesquisei existem muitos outros livros em inglês sobre essa história, A senhora do lago, que conta a história da mãe da Elisabeth, Jacquetta, que deve ser muito interessante, outro sobre Anne Neville que acredito também conte a mesma história pela versão de outra rival da Elisabeth, a história da filha da Elisabeth. Espero que eles sejam logo publicados no Brasil, para que eu possa ler!
Séries da BBC
A BBC lançou esse ano a série The White Queen que junta as histórias desses livros, e acredito que também o livro sobre a Anne Neville (que ainda não li) que completa essa crônica sobre as 3 mulheres da história da Guerra entre primos, e um documentário que a própria Phillipa narra sobre os fatos mesmo envolvendo essas três mulheres.
A Guerra das Duas Rosas é um conflito de grande importância para a compreensão do processo de formação da monarquia nacional inglesa. Essa guerra surgiu com a rivalidade entre duas famílias nobiliárquicas: os York e os Lancaster. Estas duas famílias eram provenientes da dinastia Plantageneta, que ocupou o trono britânico durante um longo período. No entanto, a crise entre essas duas famílias se deu por conta da morte do rei Eduardo III e a sucessão do trono às mãos de Henrique VI.
Os York apoiaram a chegada de Henrique VI ao trono, mesmo este não tendo nenhuma habilidade para lidar com as questões políticas e militares do período. Nessa época, a Inglaterra vivenciava os últimos e decisivos conflitos da Guerra dos Cem Anos e passava por sérias dificuldades por conta das sucessivas vitórias francesas. Mesmo com o fracasso militar britânico, Ricardo de York apoiou a permanência de Henrique VI no trono, esperando que o mesmo morresse em pouco tempo.
No entanto, o inapto rei Henrique VI conseguiu conceber um herdeiro, o que poderia colocar em risco os planos de Ricardo de York. Tendo em vista a situação desfavorável, Ricardo se uniu a um grupo de barões que exigia o afastamento dos Lancaster dos quadros da administração real. Insultado com a exigência do ambicioso nobre, Henrique VI organizou um exército contra as forças de Ricardo de York. Em 1455, na batalha de Saint Albans, o exércitos de York conseguiram vencer as tropas reais.
Logo em seguida, Ludford Bridge, dos Lancaster, apoiou o rei e conseguiu bater os York, que se refugiaram na Irlanda. No ano de 1460, Ricardo de York recuperou suas forças e conseguiu mais uma vez derrubar as tropas Lancaster durante as lutas travadas em Northampton. Nesse momento, Ricardo tinha amplas condições para finalmente chegar ao trono britânico, mas na Batalha de Wakefield foi brutalmente assassinado por seus inimigos.
Entretanto, os planos de Ricardo foram continuados pelo Barão de Wareick, que formou exércitos em prol da ascensão de Eduardo York, filho de Ricardo, ao trono. Dessa vez as tropas pró-York conseguiram tomar a cidade de Londres e proclamar Eduardo IV como o novo rei da Inglaterra. Na batalha de Towton os exércitos dos Lancaster foram completamente destruídos, o que obrigou o rei Henrique VI a se refugiar em terras escocesas.
A significativa vitória dos York não sinalizava um ponto final para a guerra civil que se instalou na nação inglesa. Durante o reinado do York Eduardo IV, vários desentendimentos com os nobres que o apoiavam enfraqueceram politicamente a sua permanência no trono. Em 1469, o barão de Wareick e o duque de Clarence romperam laços com o rei e decidiram lutar em favor dos Lancaster. Graças a essa mudança de cenário, o rei Henrique VI conseguiu reassumir o trono britânico.
No entanto, a aliança entre a nobreza daquela época poderia se reconfigurar ao menor sinal de desentendimento. No ano de 1471, o deposto Eduardo recuperou o apoio do duque de Clarence e imprimiu uma expressiva vitória na Batalha de Barnet, onde novamente Eduardo IV foi empossado como rei da Inglaterra. Alerta para um possível contragolpe, Eduardo assassinou vários membros da família Lancaster e ordenou a execução de Henrique VI e de seu futuro herdeiro.
Esse episódio acabou interrompendo o conflito entre os York e os Lancaster. O conflito só reacendeu quando Eduardo IV morreu, em 1483. O trono acabou ficando nas mãos de Ricardo III, tio mais novo de Eduardo IV, que assumiu o governo após o misterioso desaparecimento dos dois filhos do antigo rei nas instalações da Torre de Londres. Nesse período os Lancaster financiaram uma nova batalha em prol de um novo pretendente ao trono: Henrique Tudor.
No ano de 1485, Henrique Tudor saiu da Bretanha e invadiu a Inglaterra com um contingente armado de mais de cinco mil soldados. Em contrapartida, os York tinham um poderoso exército que contava com o dobro de guerreiros. Surpreendentemente, as tropas de Henrique Tudor venceram a Batalha de Bosworth Field, onde Ricardo III foi morto. Com isso, Henrique Tudor foi coroado como Henrique VII, novo rei da Inglaterra.
Para evitar outro possível confronto entre a rosa vermelha (a família Lancaster) e a rosa branca (a família York), Henrique VII casou-se com Elisabeth de York. Com isso a dinastia Tudor passou a ser representada com a sobreposição das duas rosas, o que indicava o fim do confronto.
A Bienal do Livro é o paraíso do leitor e também sua tentação, confesso que cai em tentação e comprei um monte de livros. Essa é a sexta bienal e sem dúvidas a que voltei com mais títulos para casa e muito feliz, os preços não estavam tão satisfatórios como na última, mas procurando da para achar umas coisas muito legais. Gosto muito de participar da Bienal, porque você se sente leitora de verdade, nunca consigo autógrafo de ninguém, mas só por estar cercadas de livros me sinto muito bem. Essa foi a primeira vez que fui sem uma escola e um grupo grande junto, mesmo nas duas últimas em que já tinha terminado o ensino médio, como minha mãe é professora da escola em que estudei, pegava carona. Também foi a primeira vez que fui sem minha mamis, que fez falta, dessa vez quem me levou foi meu amor que se mostrou muito paciente com minhas andanças sem fim. A primeira vez que fui a bienal estava na quara série e me lembro do meu deslumbramento, ainda me sinto assim quando entro, embora dessa vez achei menos stands elaborados.
Tirei essa foto com meu amor, nessa parede linda feita toda de livros, apaixonei, quero uma no meu quarto, mas nunca teria coragem de fazer isso com meus livros.
Trono de Ferro
Para quem como eu é fã louco de As crônicas de gelo e fogo do George R.R. Martin, a Leya colocou sua versão do trono de ferro no seu stand no pavilhão azul, sei que ele não está tão bonito como se espera e que é bem longe da descrição do livro (pelo menos a imagem que tenho), mas é claro que não resisti e entrei na fila para tirar foto. Fiz duas versões uma “sweet queen” e uma “evil queen”, duas faces do poder rsrs
O stand mais bonito na minha opinião foi o da Noivo Conceito, não comprei nada lá, mas gostei da cara dele:
O país homenageado foi a Alemanha, passei rápido por ele, não conheço nenhum autor Alemão, o que me chamou mais atenção foi um detalhezinho, um pedacinho do muro de Berlim:
Agora vamos aos livros!
Livros que comprei:
O corcunda de Notre Dame – Vitor Hugo – Ed. Zahar. Fiquei encantada com a edição, muito linda, não estava barata mas achei que valia a pena.
A extravagância do morto – Agatha Christie – L&PM. Eu adoro essa autora, aqui em casa tem vários livros dela, que são do meu padrasto, já li bem uns 10. E para quem gosta de romance policial, realmente surpreendente é a melhor escolha, principalmente os que tem como personagem o detetive Hercule Poirot.
A Utopia – Tomás Morus – L&PM Clássico dos clássicos!
O stand da L&PM é uma loucura, vários clássicos a preços baratinhos, nenhum livro mais que 25 reais. Para quem não sabe os livros são na sua maioria pocket, fácil de carregar e barato. Não deixe de passar lá!
Uma estranha simetria – Audrey Niffenegger – Objetiva – pocket coleção Ponto de leitura. A mesma autora do A mulher do viajante do tempo. (sinopse e post sobre o livro e a autora aqui.)
Prometo um dia falar de cada um aqui!
A Bienal tá bem bacana, que vai pode conferir a programação, o mapa, as editoras que estão presentes no site da bienal que é bem completo.