Sinopse: Quando do desaparecimento do romancista Owen Quine, sua esposa procura o detetive particular Cormoran Strike. Inicialmente, ela pensa apenas que o marido se afastou por alguns dias — como fez antes — e quer que Strike o encontre e o leve para casa. Mas, à medida que investiga, fica claro para Strike que há mais no sumiço de Quine do que percebe a esposa. O romancista acabara de concluir um livro retratando maldosamente quase todos que conhece. Se o romance fosse publicado, a vida deles estaria arruinada — assim, muita gente pode querer silenciá-lo. E quando Quine é encontrado brutalmente assassinado em circunstâncias estranhas, torna-se uma corrida contra o tempo entender a motivação de um assassino impiedoso, um assassino diferente de qualquer outro que Strike tenha encontrado na vida… (Dois primeiros capítulos)
Difícil alguém ainda não saber, mas só para lembrar Robert Galbraith é o pseudônimo que J.K. Rowling (Harry Potter) adotou para escrever sua nova série de livros sobre o detetive Cormoran Strike. Uma série policial que está em seu segundo volume e começou com o livro O Chamado do Cuco (resenha).
Esse livro como puderam ver pela sinopse começa com um aparentemente desaparecimento e desemboca num assassinato deixando a trama mais emocionante e dando tempo para o detetive se interessar cada vez mais pelo caso, principalmente depois de conhecer a vida da viúva, que se torna a principal suspeita por preguiça da polícia. Um caso de descobrir o assassinato motivado pra provar a inocência de alguém, baseada em seus instintos. A trama traz a tona vários suspeitos, e é daqueles livros que você realmente só sabe no final quem e porque. O próprio Cormoran decide ocultar de todos e do leitor seus pensamentos principais até o final.
O perfil do assassino pode se encaixar em mais de um personagem, porque vários mentem e tem interesses diferentes no tão problemático livro, que aponta merda para todos. O assassinato é uma ponta de ressentimentos acumulados durante anos, assim como o livro. Com tantas verdades, o leitor chega a duvidar de que a explicação final vá ser bem bolada e impensada, mas surpreendentemente ela é.
A história é narrada em terceira pessoa, contando principalmente os passos de Strike e sua adorável assistente Robin. Nesse livro a personagem feminina ganha mais espaço e quer se colocar a prova, aprender ser detetive e veio disposta a brigar por isso. Não só com Cormoran, mas também com o noivo pondo em cheque seu noivado. Depois de certa insistência o detetive começa a coloca-lá no caso.
Sempre com receio de que algo possa acontecer com ela, Strike está sempre alertando para o perigo desse assassino, que apesar da brutalidade no assassinato de Quine, confesso que não me assustou muito. Acho que nas tramas de J.K. tenho a sensação de que os personagens principais, os heróis estão a salvo (até pela continuidade da série), não que o detetive e sua assistente não corram perigos durante a trama, mas durante a história me senti segura de que o bem venceria e nada aconteceria de grave ou permanente a eles.
Até porque Strike já é um ferido de guerra, com uma perna a menos, o ex-soldado foge do herói clássico com uma quantidade grandes de falhas. A difícil relação com as mulheres é uma delas, apesar delas o acharem atraente, ele não anda sendo um bom partido romântico. O fato de ser grande, desengonçado e ter cabelo de pentelho, como ele mesmo se descreve, também foge dos padrões de beleza indicados omo do mocinho. E o que mais agrada no livro é esse jeitão dele, de ser “todo errado”. É claro que a inteligência para desvendar o caso e o excelente humor negro também. As tiradas de Strike sobre as próprias dificuldades de sua vida deixam o livro mais leve.
Enfim é um livro para gostar além do suspense em si, J.K. continua sendo J.K. mesmo sendo Robert, para gostar dos personagens, se familiarizar com eles. Não se perguntar apenas como o crime vai ser resolvido, mas como Cormoram e Robin vão resolver mais essa.
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