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{news} Eu li notícias literárias da semana

Nos 70 anos de sua morte, Mário de Andrade ganha primeira biografia

Livro de Eduardo Jardim enfatiza a derrota do projeto cultural do escritor Fonte: O Globo. Continue lendo

70 anos depois, ainda é tempo de estudar Mário de Andrade

Atualidade do escritor é avaliada em seu aniversário de morte; livros estão no prelo  Fonte: Estadão. Continue lendo

Diário narra os bastidores da operação que planejou matar Hitler

Princesa russa, Marie Vassiltchikov (1917-1978) relata, do ponto de vista da aristocracia, a Operação Valquíria em detalhes. Fonte: Estadão. Continue lendo

Editora erra e publica dois livros diferentes com o mesmo capítulo
Equívoco foi causado por problemas na finalização de produção gráfica das obras de Fernando Muniz e Leandro Karnal. Fonte: O Globo. Continue lendo

Pela primeira vez em seis anos, livros de Tolkien saem da lista dos mais lidos por jovens britânicos

Obras de Suzanne Collins e Veronica Roth passaram a ocupar o ranking da ‘What kids are reading’. Fonte: O Globo. Continue lendo

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{eu li} Sob a redoma – Stephen King

sobaredomalivroSinopse: Na trama, em um dia como outro qualquer em Chester’s Mill, no Maine, a pequena cidade é subitamente isolada do resto do mundo por um campo de força invisível. Aviões explodem quando tentam atravessá-lo e pessoas trabalhando em cidades vizinhas são separadas de suas famílias. Ninguém consegue entender o que é esta barreira, de onde ela veio e quando — ou se — ela irá desaparecer. Os moradores de Chester’s Mill percebem que terão de lutar por sua sobrevivência. Pessoas morrem, aparelhos eletrônicos entram em pane ao se aproximar da redoma e a situação fica ainda mais grave quando a cidade se vê exposta às graves consequências ecológicas da barreira. Para piorar a situação, James “Big Jim” Rennie, político dissimulado e um dos três membros do conselho executivo da cidade, usa a redoma como um meio de dominar a cidade.

Sob a redoma é um livro impactante e surpreendente, apesar da redoma cair sob a cidade de Chester’s Mill logo no começo do livro, Stephen King consegue manter o suspense e o interesse na leitura do começo ao fim (e olha que o livro é beeeem grande). Aos poucos o mistério de como e porque foi criada a redoma para mim deixou de ser tão importante e sim a torcida para que os personagens do bem se salvassem. O livro não é focado na redoma, mas nos pequenos e grandes problemas/segredos dos moradores da aparentemente pacata cidade. Uma ficção científica muito humanizada. A forma com que ele traça os perfis dos personagens faz com que o leitor sinta que faz parte daquela cidade, que também conhece todos e todos os cantos do lugar.

Todos foram divertidos de escrever, eu amo esse livro e amo as pessoas que estão nele. Stephen King

Medo e Poder

A Redoma aos poucos traz para a cidade vários tipos de problema, mas o principal é que o livro faz uma boa análise do que algumas pessoas se transformam em situações extremas. O comportamento das pessoas dentro da cidade é posto em cheque a todo momento, e pode surpreender a todos. É um livro cheio de situações que dão um nó na garganta, nada bonitas de se ler.

O governo da cidade é feito por e vereadores em uma hierarquia, apesar de não ser o primeiro vereador, Big Jim Rennie, que já estava acostumado a mandar na cidade aproveita a situação para colocar o poder de vez em suas mãos. Em poucos dias ele consegue o que muitos ditadores levaram anos para conseguir, através do medo das outras pessoas ele as manipula. Também usa a força e uma rede extensa de mentiras. Sua sede de poder é tanta que por achar que a redoma vai durar bastante ignora totalmente os comandos externos. Ele não é o único vilão da história, mas quem lê percebe logo que é o principal problema. Coloque as pessoas em extremo stress e elas vão querer que alguém as salve de alguma forma mesmo que aparentemente torta.

Nem todos os moradores de Chester são bananas e atendem aos comandos de Jim. King criou personagens que aprendemos a valorizar a vida (mais até do que o próprio autor) e torcer pela sobrevivência. Que fica cada vez mais difícil ao longo do livro, prepare o coração! Dale Barbara , ex-oficial do exército a contragosto acaba se tornando o líder da resistência, que também inclui uma jornalista, jovens, e outros moradores que não concordam com a política de Big Jim.

Ecologia

Com a redoma em volta da cidade o clima muda muito, uma onde de calor acontece e o cheiro com o passar do tempo passa a não ser muito agradável. O próprio autor contou que queria tratar a situação do nosso planeta de uma forma leve, mas que as pessoas pudessem perceber que o nosso mundo é frágil. Em tempos de aquecimento global e efeito estufa não é difícil de imaginar a vida na redoma.

O autor fala sobre o livro

A série

A série é uma história a parte, eu vi poucos episódios, mas dá para perceber que foram feitas muitas mudanças em cima dos personagens e situações. A proposta também envolve um período mais longo das pessoas presas na redoma do que o livro, o que muda totalmente os eventos. Para quem gosta de adaptações fiéis não indico.

Veja também a resenha de Novembro de 63 do mesmo autor.

Personagens de Sob a Redoma. (Stephen King BR)

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{News} Eu li notícias literárias da semana

Carta com plano original do autor para Game of Thrones é revelada

Uma arta do escritor George R.R. Martin para seu agente enviada em outubro de 1993, foi publicada na internet revelando seus planos para a saga As Crônicas de Gelo e Fogo. Muita coisa mudou. Fonte: Folha de S.P. Continue lendo

Contos de George R.R. Martin serão adaptados para o cinema. Fonte: GOT BR. Continue lendo

Nova geração de autores nigerianos narra conflitos do país e visão distorcida do Ocidente sobre a África

Escritores como Teju Cole, Chimamanda Ngozi Adichie e Rotimi Babatunde ganham espaço no cenário internacional. Fonte: Estadão. Continue lendo

Baseado em fatos reais, delicado romance aborda o rapto de mulheres no México

Em ‘Reze Pelas Mulheres Roubadas’, Ladydi mostra que para viver longe dos olhos dos traficantes é preciso, desde pequena, ser feia. Fonte: Estadão. Continue lendo

Babel: Escritores vão poder receber doação de leitores em site

Escritores vão poder receber doação de leitores em site. Não é venda e não é financiamento coletivo. O que a startup brasileira Widbook está propondo é que leitores deem uma ajudinha financeira aos autores caso tenham gostado do livro. Fonte: Estadão. Continue lendo

Edição juvenil de Eu sou Malala

Edição juvenil da autobiografia da mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz, cuja versão original já vendeu mais de 100 mil exemplares no Brasil. Fonte: Companhia das Letras. Saiba mais

36 tattoos literárias. Fonte: Buzz Feed Books

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{Eu li} O bicho da seda – Robert Galbraith

bichodasedaSinopse: Quando do desaparecimento do romancista Owen Quine, sua esposa procura o detetive particular Cormoran Strike. Inicialmente, ela pensa apenas que o marido se afastou por alguns dias — como fez antes — e quer que Strike o encontre e o leve para casa. Mas, à medida que investiga, fica claro para Strike que há mais no sumiço de Quine do que percebe a esposa. O romancista acabara de concluir um livro retratando maldosamente quase todos que conhece. Se o romance fosse publicado, a vida deles estaria arruinada — assim, muita gente pode querer silenciá-lo. E quando Quine é encontrado brutalmente assassinado em circunstâncias estranhas, torna-se uma corrida contra o tempo entender a motivação de um assassino impiedoso, um assassino diferente de qualquer outro que Strike tenha encontrado na vida… (Dois primeiros capítulos)

Difícil alguém ainda não saber, mas só para lembrar Robert Galbraith é o pseudônimo que J.K. Rowling (Harry Potter) adotou para escrever sua nova série de livros sobre o detetive Cormoran Strike. Uma série policial que está em seu segundo volume e começou com o livro O Chamado do Cuco (resenha).

Esse livro como puderam ver pela sinopse começa com um aparentemente desaparecimento e desemboca num assassinato deixando a trama mais emocionante e dando tempo para o detetive se interessar cada vez mais pelo caso, principalmente depois de conhecer a vida da viúva, que se torna a principal suspeita por preguiça da polícia. Um caso de descobrir o assassinato motivado pra provar a inocência de alguém, baseada em seus instintos. A trama traz a tona vários suspeitos, e é daqueles livros que você realmente só sabe no final quem e porque. O próprio Cormoran decide ocultar de todos e do leitor seus pensamentos principais até o final.

O perfil do assassino pode se encaixar em mais de um personagem, porque vários mentem e tem interesses diferentes no tão problemático livro, que aponta merda para todos. O assassinato é uma ponta de ressentimentos acumulados durante anos, assim como o livro. Com tantas verdades, o leitor chega a duvidar de que a explicação final vá ser bem bolada e impensada, mas surpreendentemente ela é.

A história é narrada em terceira pessoa, contando principalmente os passos de Strike e sua adorável assistente Robin. Nesse livro a personagem feminina ganha mais espaço e quer se colocar a prova, aprender  ser detetive e veio disposta a brigar por isso. Não só com Cormoran, mas também com o noivo pondo em cheque seu noivado. Depois de certa insistência o detetive começa a coloca-lá no caso.

Sempre com receio de que algo possa acontecer com ela, Strike está sempre alertando para o perigo desse assassino, que apesar da brutalidade no assassinato de Quine, confesso que não me assustou muito. Acho que nas tramas de J.K. tenho a sensação de que os personagens principais, os heróis estão a salvo (até pela continuidade da série), não que o detetive e sua assistente não corram perigos durante a trama, mas durante a história me senti segura de que o bem venceria e nada aconteceria de grave ou permanente a eles.

Até porque Strike já é um ferido de guerra, com uma perna a menos, o ex-soldado foge do herói clássico com uma quantidade grandes de falhas. A difícil relação com as mulheres é uma delas, apesar delas o acharem atraente, ele não anda sendo um bom partido romântico. O fato de ser grande, desengonçado e ter cabelo de pentelho, como ele mesmo se descreve, também foge dos padrões de beleza indicados omo do mocinho. E o que mais agrada no livro é esse jeitão dele, de ser “todo errado”. É claro que a inteligência para desvendar o caso e o excelente humor negro também. As tiradas de Strike sobre as próprias dificuldades de sua vida deixam o livro mais leve.

Enfim é um livro para gostar além do suspense em si, J.K. continua sendo J.K. mesmo sendo Robert, para gostar dos personagens, se familiarizar com eles. Não se perguntar apenas como o crime vai ser resolvido, mas como Cormoram e Robin vão resolver mais essa.

Entrevista com Robert Galbraith.