{eu li} Os crimes ABC – Agatha Christie

Sinopse: Há um serial killer à solta, matando suas vítimas em ordem alfabética. A única pista que a polícia tem é um macabro cartão de visitas que o assassino deixa em cada cena do crime: um guia ferroviário aberto na cidade onde a morte acontece. A Inglaterra inteira está em pânico com a sucessão de crimes – A: Alice Ascher, em Andover; B: Betty Barnard, em Bexhill; C: Sir Carmichael Clarke, em Churston – e o assassino vai ficando mais confiante a cada morte. Seu único erro é pôr à prova o orgulho de Hercule Poirot, um erro que pode ser mortal.

Hoje termina a maratona Agatha Christie, dia do seu aniversário de 125 anos, e para fechar bem eu li o livro Os crimes do ABC. Adorei! Fico boba como chego ao final desses vários livros sempre me surpreendendo. Até nesse em que o criminoso parece muito claro e “anunciado” desde o começo.

Se prefere ver o vídeo da resenha vá para o final da página.

Esse livro é narrado pelo capitão Hastings, assim como os outros livros em que ele aparece, grande amigo de Poirot. Um personagem que gosta de ajudar e que Poirot aprecia a ajuda, mas ele é um pouco obtuso e geralmente ajuda falando o óbvio. Nesse livro Hastings volta da América do Sul e logo Poirot recebe uma carta, de um assassino, avisando que cometerá o crime, dando local e dia. A princípio a polícia não liga muito para a carta, até que o crime acontece, iniciando um ABC, mortes por ordem alfabética que a princípio não tem outra ligação.

Além dos capítulos narrados por Hastings temos alguns narrados por um homem com essas inciais, e logo começamos a imaginar quem é essa pessoa e se estaria mesmo por trás dos assassinatos. Poirot destaca nesse livro que mais importante que saber o nome do criminoso, precisamos entender suas motivações, nesse crime que parece ser cometido por um louco. Mas que só a loucura não serve para explicar… Porque a ordem alfabética? Porque escrever para Poirot? Só publicidade?

Poirot: Estamos sendo confrontados por um personagem desconhecido. Ele está no escuro e busca continuar no escuro. Mas, pela natureza das coisas ele não consegue deixar de lançar alguma luz sobre si mesmo. De certa forma, não sabemos nada sobre ele: de outra forma, já sabemos bastante coisa.

Mais uma vez Poirot credita que na base da conversa entre os parentes da vítima, extraindo informações que primeiro passam despercebidas, ou não são consideradas importantes pelos envolvidos…

Je vous assure Hastings… não há nada mais precioso para qualquer um que tem algo a esconder do que uma conversa! A fala disse-me uma vez um velho sábio francês, é uma invenção do homem para impedi-lo de pensar. É também um meio infalível de descobrir aquilo que ele deseja esconder. Um ser humanos, Hastings, não consegue resistir à oportunidade de revelar a si mesmo e expressar sua personalidade que a conversa lhe dá. Todas as vezes ele irá se entregar.

Ah e nesse livro também tem um Inspetor de polícia, o mais chato ever, chamado Crome que tem a audácia de dizer que o Poirot é um charlatão, é claro que quem lê vê logo que ele vai quebrar a cara.

E é com esse livro maravilhoso que chego ao final dessa maratona, me diverti muito lendo todos esses livros da autora que eu ainda não conhecia. Acredito que o melhor de fato foi O caso dos dez negrinhos. Mas todos os outros valem a pena, adorei conhecer Miss Marple e o casal Tommy e Tuppence, embora continue achando Poirot o melhor detetive.

Obrigada mais uma vez ao nosso parceiro literaturapolicial.com que topou a maratona e somou presentes incríveis para o sorteio!

Veja também os outros posts da maratona:

Primeiros livros de Tommy e Tuppence: O inimigo secreto e Sócios no crime

Dose dupla de Hercule Poirot: O misterioso caso de Styles e Assassinato no Expresso do Oriente

Dose dupla de Miss Marple: Assassinato na casa do pastor e Convite para um homicídio.

O caso dos dez negrinhos

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