Sinopse: A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…
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Oi pessoal, acho que quase todo leitor se vê curioso com livrarias e bibliotecas misteriosas e personagens que cultuam os livros, foi isso o que mais me deixou com vontade de ler essa história. Votei nele para a leitura em grupo do #NomeProvisório, o debate está rolando inclusive (clique aqui), mas diferentemente do primeiro que lemos (O bebê de Rosemary) esse não agradou muito. O livro tem uma trama meio enrolada e cheia de becos sem saída que acabam frustrando o leitor, o ritmo é lento e as respostas para os mistérios sem graça.
Comecei a ler o livro curtindo um pouco, o personagem principal fica desempregado e não sabe muito bem o que fazer (me identifiquei), a ambientação da história é bem real e mostra a situação de muitos jovens adultos. A apresentação da livraria desperta curiosidade, prateleiras enormes com livros escritos em códigos e todo um mistério envolvido. Até aí tudo ok. Clay foi proibido de ler os livros pelo Mr. Penumbra, mas acaba xeretando influenciado por um amigo e isso o leva a querer saber quem são as pessoas que vem buscar esses livros esquisitos. Mas depois disso toda vez que se descobre uma ponta do mistério não me senti cativada pela trama.
Lá dentro: imagina aforma e o volume de uma livraria normal virada de lado. O lugar era absurdamente estreito e vertiginosamente alto, e as estantes iam até o teto, três andares de livros, talvez mais. Estiquei o pescoço para trás (…) e as prateleiras desapareciam suavemente nas sombrar, de um modo que sugeria que elas pudessem continuar para sempre.
Eu não vou revelar detalhes, mas essas pessoas fazem parte de um grupo que tenta decifrar um grande código escondido em um certo livro. Clay fica amigo/namorado de uma jovem que trabalha no Google e acaba envolvendo ela e seu trabalho na tentativa de decifrar tudo isso. Ele também conta com a ajuda de seu amigo de escola que hoje é rico e de outro amigo artista plástico que trabalha como cenógrafo. A amizade deles até que é legal, mas não gosto como Clay fica recorrendo ao dinheiro do amigo. Também não sei se gostei do papel do Google, mas fica claro que o autor quis mostrar que a sabedoria ainda não está toda na internet. E ao mesmo tempo mostrar como os livros e os super computadores podem trabalhar juntos. As curiosidades sobre essa grande empresa que nos cerca por todos os lados são interessantes. Mas como disse a forma como os segredos foram revelados e os próprios segredos do livro não me atraíram e nem fascinaram.
O grande ponto do autor para mim foi na elaboração de finais para os vários personagens, achei os finais bem criativos, embora tenham sido escritos de forma bem curta. Também gostei muito do “dono” da livraria Ajax Penumbra, no começo ele parece um daqueles velhinhos clássicos de histórias de aventura que são super sábios, mas aos poucos o personagem vai sendo desmitificado e entendemos melhor seus sonhos e medos.
Enfim, não é um livro que eu recomendaria. E vocês? Já leram? Pretendem ler?