Sinopse: Quase memória explora o território situado entre a memória e a ficção a partir de um punhado de recordações do narrador-autor. Nelas, a figura de Ernesto Cony, seu pai, é o centro e a motivação para o exercício das lembranças que, constantemente, adquirem contornos do imaginário. Nostalgia, cumplicidade, vergonha, saudade: os mais diversos sentimentos despertados pelo recebimento de um misterioso pacote sem remetente. O livro recebeu importantes prêmios literários no Brasil e, mais do que isso, conquistou o coração de milhares de leitores desde seu lançamento.
Que delícia de leitura, fiquei pensativa, emotiva, e as histórias estão longes de ser piegas ou clichês… Me peguei pensando na minha família, nas minhas próprias memórias, no meu pai.
A tag como sempre me trazendo experiências novas, nunca tinha lido nada do Cony. Esse livro ele escreveu depois de um período de 20 anos sem lançar nada, é um livro aclamado que eu não conhecia. O autor, membro da Academia Brasileira de Letras, nasceu em 1926 e no livro retoma memórias da sua família, principalmente de seu pai Ernesto Cony. O livro mistura ficção com realidade, numa quase biografia. No começo o autor/narrador/personagem recebe um misterioso pacote de seu pai (já falecido há dez anos) o que o leva pelas lembranças.
Tem tantas histórias divertidas, Ernesto é uma figura. O jornalista fez de tudo para sustentar a família, até vender galinhas quando o jornal que trabalhava foi depredado na Revolução de 30. Adorava encantar o filho com os balões juninos, sempre o surpreendia com situações inusitadas, e contava seus próprios causos usando a imaginação.
O livro também mostra um jornalismo que não existe mais, muitas vezes amador, mas com mais individualidade… O próprio filho segue os passos do pai no jornalismo e acompanha essas mudanças de perto, a modernização, bem interessante.
Confira o vídeo que conto mais!
Discurso de posse do Cony na ABL
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