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I Concurso de poesia do Eu li

Hoje é dia de votação aqui no blog! Muito obrigada, todos que se inscreveram e me enviaram esses poemas lindos. Fiquei muito feliz com a participação de vocês aqui no blog, me deixou muito motivada a continuar tentando novas formas de aproveitar o mundo literário com vocês. Vou me empenhar para trazer novas ideias, concursos e diversões além dos comentários sobre os livros. Mas chega de blá blá blá.

A votação se inicia hoje e vai até o dia 25 desse mês (uma semana para votar) e o resultado será divulgado no dia 31, combinado? Chamem os amigos para votar. Não esqueçam de comentar! Vamos prestigiar os poetas!

O prêmio vai ser o livro O Sentimento do Mundo de Carlos Drummond de Andrade, tem vários poemas que eu adoro, é considerado um clássico dele. Isso se não esgotar até o dia do resultado, ok? Se a pessoa já tiver o livro também podemos pensar em outro dele.

E agora vamos aos poemas, que é o que importa hoje!

Cinzel – Camille Velloso

Do teu exagero, teu cheiro, teu medo, teu beijo….
teu sussurro, teu desejo, teu ensejo…
tua boca, tua fala, tua tara…
teu zumbido, teu gemido, teu riso, teu sentido..
tua sensatez, tua inquietude, tua embriaguez, tua vicissitude…
teu jogo, teu rosto, teu gosto…
tua ausência…

(Blog Vale um devaneio)

Vencendo – Cláudia Lima

Nadei, nadei por horas afinco Ali no canto esquerdo desmaio
Após tempos caminho
Debaixo do sol meus pedaços
Por instantes pensei: sou um náufrago
Mas de cansaço não morre o marinheiro
Nem de batalhas perde o guerreiro
Mesmo com sede, frio deita ali
Ao lado meu amor dorme
Desolada por toda a batalha
Mesmo assim estamos no fim
O fim de tudo e do nada
Lutas, guerras, batalhas…
Todas iguais caminhadas
Não perdemos nosso tempo
Lutamos todos os dias
Pelas grandes, pequenas migalhas

(página no Facebook)

Essa tal de globalização..  – Jéssica Rocha

O mundo está errado
não é bom
deram corda para o lado contrário
nem parece verão
esse ar é impuro
no lugar do bom dia um sussurro

que é para poupar energia
que é para preservar o ritmo torto da vida

O mundo está errado
mas você finge que não vê
os bons são sempre os culpados
e quem não deveria estar solto nem precisou fugir

Tudo murcha sem ao menos florescer
tudo se encaixa numa caixa chamada ambição
e quando desencaixa é um propósito vão
os ponteiros em sentido anti-horário
o bem não pode nem ser opção

O mundo está de cabeça para baixo
sem circulação
e ai de quem não dançar esse refrão

que é para decorar e cantar na avenida
que é para engolir durante o jantar

O mundo errou a rotação
mas é difícil saber quem deu o primeiro empurrão.

(Blog Colorir azul)

Pitoresco caminhar – Tatiane  Nantes

Nem aquele raio de sol cegou minha retina , continuo absorvendo, vendo, sendo a pétala última da árvore viva.

Nem o oceano inteiro de movimentos cessou meu andar, fluí nas ondas, afogada, mergulhada naquela última gota do néctar meio doce do sonho.

Nem a terra quente, meus pés descalços puderam parar, corri com os cabelos balançando ao som bailarino das folhas caídas do chão do dia-a-dia.

Nem tudo é melancolia, aventurar-se é mostrar os ombros, dar a cara a tapa e desmoronar com a força bruta da pena mais delicada que ousou existir.

(Blog Sentimento Letrado)

Pulsamento – Luana H.

Automaticamente penso,
Penso que queria sentir mais,
E pensar menos.

Queria sentir os pensamentos dançando.
(Apenas por pensar menos)

Obrigatoriamente me faço pensante,
Utilizando o raciocínio,
Me faço um vivente.
(É isso mesmo que nos faz ser gente?)
Sinto a massa cinzenta ansiar por vida.
(Apenas fale. Dirija. Trabalhe. Durma)
Meu coração não pensa sobre o pensamento,
Sobre o dever, sobre si mesmo
(Seria porque está sob eles?)

Metapensantemente,
Meu cérebro pulsa.
Agonizantemente,
Meu coração pensa.

Ofício – Douglas Cardoso

Como nos tempos antigos,
as musas verteram mel
n’alma cansada d’ourives
e ele reinventou o céu!

Gestos precisos e certos,
olhar de escultor do belo…
Sonhos vão se insinuando,
dançando suaves em cirandas

E brota a palavra certa.
A que desvenda o caminho.
A  que a magia desvela.

Se a verve fosse um vinho
ébrio ele então seria
de tamanha poesia.

Vivo das ilusões – Simone Guerra

Vivo na ilusão das minhas loucuras
Do abraço fugido
E do beijo não mais roubado

Vivo na ilusão de ser amada
Do nosso segredo enterrado
Do desvario de amor

Vivo do ceticismo de não ter você
Dos meus sonhos não realizados
E do tempo que me roubou um possível talvez

(Blog Para cruzar o atlântico)

Entre dois amores – Elenir Marins

Por um lado a noite,
Refletindo a paixão da lua,
Trazendo o mistério dos sonhos,
Irradiando os encantos poéticos,
Murmurando palavras obscenas,
Num envolvimento lunático,
Das ausências,
No encontro indefinido do ser só.
Que transbordam os rios,
Em corredeiras selvagens,
Em delírios frenéticos,
E voltam sempre ao mesmo lugar.
Por outro lado o alvorecer,
Com seus raios ensolarados,
Colorindo os sentidos,
Objetivando promessas,
De um alaranjado entardecer,
Talvez sem flores ou poesias…
De palavras doces,
Definindo o encontro do não só ser.
Que enxugam os rios,
Em calmas passagens,
Que muda o seu curso,
E o levam para o mar.
Nessa entressafra me encontro,
Como ser alado que sou,
Sobrevoando entre os dois pólos,
Em direção a nenhum,
Esperando o eclipse do sol,
E o despertar da noite,
No alvorecer.

A arte de escrever  Jean C. de Andrade

A arte de escrever vem de longe, anos e séculos  atrás.

O que hoje em um computador criamos e imprimimos,
antes foi escrito com uma pena em um pedaço de papiro.

Já foi escrito em pedras, pergaminhos, couro e até madeira.

De vários modos a escrita existiu,
ouve época em que pessoas escreviam  segredos sem que soubessem ler,
curiosidades de um povo antigo,
que escreviam em couro ou em papiro,
mas que poucos podiam ver.

Época de Moisés, Aristóteles ou Da Vinte,
a escrita se fez presente e com ela escritores,
poetas e pensadores de vários  modos e de outros Continentes.

Em pena, lápis, caneta ou em teclado,
a escrita sempre esteve perto, bem ali á nosso lado.

Devemos escrever,
mas com responsabilidade,
de nunca nos esquecermos do que houve no passado,
escrever em papel,
no computador ou mesmo em um Tablet

Escrever coisas Boas,
história e poesia,
romance ou até mesmo sua Auto Biografia,
mas escrever  com carinho,
tudo que aprendeu e viveu um dia.

Os poemas –  Maria Luíza Gonçalves

Meus poemas
Eu os faço para você.
Consagro, nesta ousadia
Esse seu jeito encarnado
Sob o manto de leveza
Das luzes cálidas
Dos invernos enobrecidos
Em tardes infindas…
Nos meus poemas
Jejuo suas incertezas
E suas ânsias
Refazendo as letras
Recuando os pontos…
E não pergunto
O quanto gosta da lírica
Ou das rimas,
Mas componho uns poucos,
E os faço para você.
Não contam estórias, os meus poemas,
Nem as estranhezas
Das cores que não se mesclam
Nos desenhos que te compõem…
Pois,
O que te conduz
E te completa,
São riscos cientes
São murmúrios conjugados
São notas esculpidas das canções
Guardadas e sombreadas
Nas linhas dos meus poemas…
E ofereço-os: são seus…

A Força dentro de Mim – Tamara C. Oliveira

Existe uma força dentro de mim
Sobrenatural, surreal
Bagunça minha vida
Destrói minhas ilusões
deixa marca e feridas
Trazendo meu coração despedaçado

Existe uma força dentro de mim que
me descompensa, me confunde e
me deixa louca;
Me levando ao completo desespero
Esta força é invisível, mas consegue destruir
meus sonhos tornando-os em pesadelos.

Existe uma força dentro de mim que
me traz nostalgia, que me enche de
completa alegria. Esta força é invisível
e dispara meu coração, me faz suspirar
me faz tremer. Me causa arrepios
me faz sonhar acordada.

Existe uma força dentro de mim
Que me confunde, que me tira
dos pesadelos e me enche de ilusões
Traz sonhos verdadeiros e perturba minhas
emoções.

Que força é essa eu me pergunto
que com a mesma intensidade que
destrói cura? Que força é essa que
ao mesmo que te empurra para o abismo
te salva da escuridão?
Que força é essa que te deixa destruído
e que faz você se sentir invencível?

Está força é invisível assim como tempo
ela marca e não tem volta e fica para sempre
em nossa vida.
Que força é essa que é capaz de mudar
a gente nos deixando ausente de nós mesmos.
Esta força faz parte de mim ela tem diferentes maneirascd5
de ser mais nos invade com mesma intensidade.

Que força é essa que existe dentro de mim?
Que faz parte de você?
Que fará parte de quem está para nascer?
Que força é essa? Você sabe?

Só quem nunca sentiu não sabe a resposta
Mas dela ninguém é salvo.
Essa força que me invade só tem um
nome que é óbvio é belo e único
Essa força é o que chamo de Amor.

 

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Concurso Dia da Poesia

Hoje é  Dia Nacional da Poesia, o dia 14 de março foi escolhido em homenagem a Castro Alves, nascido na cidade de Curralinho, em 14 de março de 1847. Castro Alves foi considerado um dos mais brilhantes poetas românticos, responsável por uma nova concepção de amor na Literatura, além de um notável entusiasmo por grandes causas sociais, como a abolição da escravatura. Um de seus poemas mais famosos é o Navio Negreiro, escrito em 1869.

E para comemorar a data, vamos ter aqui no blog um pequeno concurso de poesias, poesias de qualquer tema, tamanho, com métrica ou não, são muito bem vindas. Que quiser participar tem até segunda (17/03/2014) – * prorrogado *para enviar o poema para mim no e-mail: miris.paiva.alves@hotmail.com Os jurados serão os próprios visitantes do blog, através de uma enquete, o poema mais votado será o escolhido. Vale pedir para os amigos votarem, claro que vale. Os poemas serão postados aqui no blog na segunda-feira (16/03), todos juntos.

Regras, só algumas…

– Seguir esse blog e curtir a página no facebook.
– Ter endereço no Brasil, para receber o prêmio.
– Comentar nesse post que vai participar e compartilhar o post no próprio facebook.
– Me enviar o e-mail (com o assunto Concurso de Poesia) com o poema, não postar o poema nos comentários, me enviar também nome completo e o endereço. Quem tiver blog, é só me enviar o link que coloco junto.
e-mail:  miris.paiva.alves@hotmail.com
– Uma regra óbvia, só vale poesias feitas pelo participante.

O prêmio

E o prêmio é o livro um livro de poemas de Carlos Drummond de Andrade, que ainda estou escolhendo mas tenho certeza que você vai gostar! Drummond é um dos meus poetas favoritos,  nasceu em Itabira do Mato Dentro – MG, em 31 de outubro de 1902. E é considerado um dos poetas brasileiros mais importantes. “O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo(1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre”. (fonte: site Releituras, mais informações).

Para inspiração:

drummond

Poesia

Gastei uma hora pensando num verso
que a pena não quer escrever,
No entanto ele está cá dentro

inquieto, vivo

Ele está cá dentro e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

                         Carlos Drummond de Andrade