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Vocação para o mal – Robert Galbreith

VOCACAO_PARA_O_MAL_1459883276576254SK1459883276BSinopse: Quando um pacote contendo a perna decepada de uma mulher é entregue a Robin Ellacott, seu chefe, o detetive particular Cormoran Strike, suspeita de quatro pessoas de seu passado que poderiam ser capazes de tamanha brutalidade. Ele e Robin precisam correr contra o tempo para descobrir a verdade. Depois de O chamado do Cuco (resenha) e O bicho-da-seda (resenha), o terceiro romance da aclamada série escrita por Robert Galbraith, pseudônimo de J. K. Rowling,  estreou em segundo lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times. Com o título e os nomes dos capítulos retirados de músicas da banda Blue Öyster Cult, cujas letras são baseadas na literatura de horror e tratam de temas como maldições e ocultismo, Vocação para o mal tem um clima sombrio, que mistura pedofilia, assassinatos em série e Transtorno de Identidade da Integridade Corporal (TIIC), distúrbio psicológico raro que faz uma pessoa querer amputar seus membros saudáveis. Será que a dupla de investigadores consegue identificar seu perseguidor e sair ilesa?

Essa leitura foi um pouco mais difícil nesse #SetembroPolicial depois de ter lido dois livros seguidos com narrativas muito ágeis. Os livros de “Galbreith” são livros com uma trama mais lenta, em que sentimos a passagem de tempo com mais calma, uma investigação que dura meses. Então não temos cenas de ação de tirar o fôlego o tempo todo, temos alguns “quases” ao longo do livro, já que nosso assassino decide caçar Robin, mas os grandes confrontos ficam para o final da história.

Já a história é excelente, vale a pena essa leitura mais tranquila porém não sem peso e sem choque. Um livro recheado de detalhes em que você se acostuma com o ritmo e a ficar raciocinando junto com os personagens. Temos 4 suspeitos e ficamos até o final com dúvida sobre pelo menos 3, e olha que há capítulos que acompanham o serial killer, mas mesmo assim a dúvida é grande. Porque são 3 personagens perversos, com histórias brutais, todas muito ligadas a história do Strike, para mim todos os 3 eram possíveis, variando conforme a leitura, mas sem descartar ninguém. O final para mim foi uma surpresa.

Nesse livro nos aprofundamos mais nos sentimentos de Cormoran e Robin, o passado dos dois guardava vários segredos que eles acabam revelando um para o outro. Quem acompanha a série sabe que eles ora estão próximos ora mais reservados, Strike, principalmente, não quer que Robin saiba de todos os seus demônios. E também quer manter uma amizade controlada, algo que não passe do limite, mas ao mesmo tempo eles passam por muitas coisas juntos então isso fica complicado.

O noivo de Robin também não ajuda, muitas vezes é um cretino, o que faz ela reconsiderar a relação. Eu shipo Robin e Strike, mas acho que como a autora já previu uma série longa isso vai demorar a acontecer. Me lembra muito o casal da série policial de tv Bones, que fiquei bastante tempo vendo eles se relacionarem com outras pessoas, brigarem e sentirem ciúmes, até ficarem juntos. Se Robin e Strike forem ficar juntos em algum momento, percebemos nesse livro que vai demorar bastante. Faz sentido, não é uma história de amor, e poderia até não haver envolvimento, mas a própria autora sugere isso em alguns momentinhos.

O mais importante no momento é resolver as funções de Robin, ela vem deixando de ser a secretaria, e quer muito isso. Ela quer ser a parceira, uma investigadora em pé de igualdade com o chefe. Os acontecimentos e a ameaça a ela podem jogar um balde de água fria nisso, pela necessidade natural de que ela seja protegida. Mas nesse livro temos uma Robin cada vez mais corajosa, desafiadora e que vem estudando para conquistar seu sonho e ser valorizada. Amei isso. Ela não é um acessório, não quer só ficar no escritório, e toma sim a rédia da situação em muitos momentos no livro. Já estou curiosa com o quarto!

E esse transtorno que faz a pessoa querer amputar partes do corpo? Muito louco isso! Nem vou contar como se encaixa na trama para não quebrar o suspense.

>> A resenha em vídeo sai semana que vem, acabei a leitura domingo, então não tive tempo. Deve sair junto com minha última leitura do mês policial que foi Bufo e Spallanzani do Rubem Fonseca.

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Suicidas – Raphael Montes #SetembroPolicial

imagemSinopse: Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são

reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.

Minha primeira leitura do Raphael Montes não poderia ter sido melhor e foi justamente da primeira história escrita pelo autor, que vem marcando seu nome na Literatura Policial brasileira. Suicidas é um livro forte, fácil de ler, empolgante, envolvente, marcante, trágico e pesado.

Esse livro é uma história de reconstituição em que já de início “sabemos o que aconteceu”, mas isso é ilusório já que muitos detalhes são cruciais para completar o cenário dessas mortes. Como está na sinopse do livro, esse esclarecimento vem através de um narrador no caderno de um dos jovens. Alessandro estava escrevendo um livro sobre o dia, registrando cada movimento e diálogo. Seu sonho era ser um escritor famoso. Também temos uma parte da história nos diários do mesmo, para entendermos o relacionamento dos personagens antes do dia fatal.

Os capítulos intercalam esses dois relatos de Alessandro com as reações das mães ao descobrirem o que os filhos estavam fazendo, disseram e em alguns casos até vislumbram seus pensamentos e intensões. É claro que reunir as mães de jovens que se suicidaram para discutir se alguém tem culpa nisso gera muita confusão. Elas vãos das lágrimas às acusações ferozes conforme a história vai se desenrolando na frente delas, é cruel, quase como se elas estivessem assistindo a morte de cada um deles. A história narrada é muito pesada, os filhos fizeram coisas que elas nem imaginavam possíveis e sofreram muito também.

Ao descobrir os passos desses jovens, aparecem também suas angústias, relações, uso de drogas e álcool exagerado e perversidades. Principalmente as do personagem Zek, melhor amigo de Alessandro, um típico filhinho de papai. Acostumado ao luxo e a conquistar todas que quer, e depois de passar por uma tragédia familiar, o personagem tem os piores atos da história. Tem que ter estômago para seguir até o fim do livro, uma curiosidade mórbida nos impede de parar. Em alguns momentos algumas reviravoltas podem parecer novelescas, mas acredito que o autor fez isso funcionar bem. Pista gincana: pegue as letras em negrito e forme a frase (já estão na ordem).

Participe!

 


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TBR do #SetembroPolicial

Oi pessoal! Finalmente começou setembro e como anunciei um mês cheio de leituras policiais, thriller psicológico, suspense, investigações…E vocês podem participar das leituras, comentando e também lendo outros livros do gênero, postando com a nossa #. Não deixe de seguir o instagram e curtir a página do Eu li no facebook para não perder nada. Teremos 3 sorteios e uma gincana, tá imperdível!

Os comentários sobre cada livro e o motivo deles estarem na TBR estão no vídeo, vou colocar as sinopses abaixo para facilitar 😉

21268961_1629602777113703_583973555_nTrilogia Hannibal com os suspenses: O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Dragão Vermelho, protagonizados pelo ardiloso psiquiatra Hannibal Lecter. Já li e será nossa primeira resenha.

 

o-ultimo-turnoSinopse (spoiler para quem não leu o primeiro da trilogia): Brady Hartsfield, o diabólico Assassino do Mercedes, está há cinco anos em estado vegetativo em uma clínica de traumatismo cerebral. Segundo os médicos, qualquer coisa perto de uma recuperação completa é improvável. Mas sob o olhar fixo e a imobilidade, Brady está acordado, e possui agora poderes capazes de criar o caos sem que sequer precise deixar a cama de hospital. O detetive aposentado Bill Hodges agora trabalha em uma agência de investigação com Holly Gibney, a mulher que desferiu o golpe em Brady. Quando os dois são chamados a uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes, logo se veem envolvidos no que pode ser seu caso mais perigoso até então. Brady está de volta e, desta vez, não planeja se vingar apenas de seus inimigos, mas atingir toda uma cidade.

VOCACAO_PARA_O_MAL_1459883276576254SK1459883276BVocação para o mal: Quando um pacote contendo a perna decepada de uma mulher é entregue a Robin Ellacott, seu chefe, o detetive particular Cormoran Strike, suspeita de quatro pessoas de seu passado que poderiam ser capazes de tamanha brutalidade. Mas quando a polícia foca no suspeito que Strike tem cada vez mais certeza de que não é o criminoso, ele e Robin precisam correr contra o tempo para descobrir a verdade. Depois de O chamado do Cuco e O bicho-da-seda, o terceiro romance da aclamada série escrita por Robert Galbraith, pseudônimo de J. K. Rowling, é um suspense inteligente, com reviravoltas inesperadas a cada página, e também a emocionante história de um homem e de uma mulher numa encruzilhada em suas vidas pessoais e profissionais. O livro, que estreou em segundo lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times e alcançou os principais rankings nos Estados Unidos e na Inglaterra, chega ao Brasil simultaneamente em edições brochura e capa dura.

O_SORRISO_DA_HIENA_1494249928533024SK1494249929BSinopse: Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral. Para saber se é uma pessoa má por ter presenciado o brutal assassinato dos seus pais quando tinha apenas oito anos, David planeja repetir com outras famílias o mesmo que aconteceu com a dele, dando a William a chance de acompanhar o crescimento das crianças órfãs e descobrir a influência desse trauma na vida delas. Até onde ele será capaz de ir? É possível justificar o mal quando há a intenção de fazer o bem?

imagemSinopse: Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.

casa torta

Sinopse: O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a família — sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vítima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.

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Sinopse: No centro do Rio de Janeiro um executivo é encontrado morto com um tiro, sentado ao volante de seu carro. Além do tiro, único e definitivo, não há outros sinais de violência. É um morto de indiscutível compostura. Mas isso não ajuda: ninguém viu nada, ninguém ouviu nada.O policial encarregado do caso, inspetor Espinosa, costuma refletir sobre a vida (e a morte) olhando o mar sentado em um banco da praça Mauá. No momento tem muito sobre o que refletir. De um lado, um morto surgido num edifício-garagem; de outro, a incessante multiplicação de protagonistas do drama. Tudo se complica quando ocorre outro assassinato e pessoas começam a sumir.

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[BEDA] O que tem na prateleira? [3 – Suspense, Mistério, Ficção Científica]

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Oi pessoal, hoje chegou a vez de falar d um cantinho que não é exatamente uma prateleira. Em cima da minha cômoda ficam livros de literatura policial (ou que tenham alguma investigação), suspense, mistério, ficção científica… É um cantinho bem querido também. Já falei do canto histórico e de fantasia.

18052786_1465996573474325_327382507_nPrimeiro vem o box com a obra completa do Sherlock Holmes escrita pelo criador, Arthur Conan Doyle. Eu tive o prazer de ler pela primeira vez ano passado e gostei muito. (Só pesquisar Sherlock na lupa que vai achar todos os posts que eu fiz sobre cada livro).  O grandalhão do lado é uma HQ enorme chamada Do Inferno de Allan Moore e Eddie Campbell que conta uma versão para a história de Jack Estripador (resenha).

18034643_1465996566807659_1358541509_nDepois vem o livro Concerto a Quatro Mãos (resenha) que li para o #SETEMBROPOLICIAL do ano passado (fica ligado que teremos mais uma dição esse ano). O livro é um suspense diferente, u mostra a cabeça confusa do assassino e ao mesmo tempo a cabeça de um inocente. Através de “diários” em que só temos a visão de dois personagens, há um verdadeiro mergulho na alma deles. E o final surpreende e assusta.

A Sangue Frio também traz uma investigação de assassinato mas pelo foco jornalístico. Esse livro é um clássico, considerado um dos começos do jornalismo literário e escrito por Truman Capote. Recomendo! (resenha)

Depois estão os livros escritos por J.K. Rowling com o pseudônimo Robert Galbraith que ela criou para escrever sua série policial do detetive Cormoran Strike. O quarto livro está para ser lançado, eu tenho os três, mas na foto só saiu os dois que já li: O Chamado do Cuco e O Bicho da Seda (resenha) . Gostei dos dois, lerei o terceiro para setembro (Vocação para o mal).

Na sequência estão todos os livros do Carlos Ruiz Zafón que sempre envolvem personagens querendo descobrir algum segredo do passado e só por isso estão aí. Ele é um autor incrível! E a continuação da até então trilogia do O Cemitério dos livros esquecidos está para ser lançada também aqui no Brasil.
Os livros do autor:

  • Trilogia da Névoa
    O Príncipe da Névoa (primeira publicação em 1993, relançado em 2010) – resenha
    O Palácio da Meia-Noite (primeira publicação em 1994, relançado em 2011)  – resenha
    As luzes de Setembro (primeira publicação em 1995, relançado em 2013)  – resenha
  • Marina  – resenha
  • Série Cemitério dos livros esquecidos
    A Sombra do Vento (2001)  – resenha
    O Jogo do Anjo (2008)  – resenha
    O Prisioneiro do Céu (2011)  – resenha
    O Labirinto dos Espíritos (2016) (ainda não tem no Brasil)

Aí ainda tem o pequeno mas muito bacana O escaravelho do diabo da Coleção Vaga-lume. Um romance policial que foi lido por muita gente na infância (resenha).

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Essa sequência começa com a trilogia policial do Stephen King: Mr. Mercedes (já li e amei – resenha), Achados e perdidos (estou lendo) e Último Turno.

Depois do mesmo autor vem Misery que é mais um thriller psicológico do que policial, mas que envolve um sequestro. E é o melhor livro do autor que já li até agora (resenha). Novembro de 63 que mistura Sci-Fi com história, viagem no tempo com o assassinato de Kenedy. E Sob a Redoma que conta a história de uma cidade u foi abruptamente cercada por um campo de força e todo o drama que se desenrola por isso. Leia Stphen King, e pode ler qualquer um desses, são todos incríveis.

E exprimida no cantinho está a trilogia Millenium de Stieg Larsson: Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar (foi lançado um quarto livro, e será lançado um quinto, com outro autor  que não sei se tenho vontade de ler). Stieg faleceu depois de entregar essa trilogia brilhante, não aceito nada menos que incrível de continuação. Ela envolve tantos assuntos que é difícil de definir em poucas palavras.

Sinopse Os Homens que não amavam as mulheres: 

Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas – passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada – o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger, e que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados – de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois…. até um momento presente, desconfortavelmente presente.’

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Também estão aí os livros da Agatha Christie: Extravagância do morto (ótimo), Os elefantes não esquecem (ainda não li), O natal de Poirot (ainda não li), O assassinato de Roger Ackroyd (perfeito). E a biografia de Agatha Christie From My Heart escrita pelo brasileiro Tito Prates, recomendo!

18052569_1465996536807662_249657679_n.jpg O livro Meu Nome é Vermelho do Orhan Pamuk também envolve um assassinato mas tem uma narrativa muito diferente em que até objetos inanimados e animais podem sr narradores.

Narrativa policial, um amor proibido e reflexões sobre as culturas do Oriente se reúnem neste livro. Estamos em Istambul, no fim do século XVI. Para comemorar o primeiro milênio da fuga de Maomé para Meca, o sultão encomenda um livro de exaltação à riqueza do Império Otomano. Na tentativa de afirmar a superioridade do mundo islâmico, as imagens do livro deveriam ser feitas com técnicas de perspectiva da Itália renascentista. As intenções secretas do sultão logo dão margem a especulações, desencadeando intrigas e o assassinato de um artista que trabalhava no livro. Ao mesmo tempo, desenrola-se o caso de amor entre Negro, que volta a Istambul após doze anos de ausência, e a bela Shekure. Construída por dezenove narradores entre eles um cachorro, um cadáver e o pigmento cuja cor dá nome ao livro, a história surpreende pela exuberância estilística, que reflete o encontro de duas culturas.

Buffo e Spalanzani do Rubem Fonseca eu ainda não li, mas já li o debaixo O Seminarista. Rubem Fonseca tem uma escrita sangrenta, dura e seca, direto ao ponto, que eu amei. E O pintassilgo da Donna Tart ainda não li 18051852_1465996550140994_1958827793_nmas está na meta de 12 livros para ler esse ano.  Assim como a trilogia Hannibal de Thomas Harris que não é meu, peguei emprestado para ler em setembro.

Espero que tenham gostado do post! Em breve revelo mais um cantinho ou prateleira para vocês. beijos

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{euLi} Cela sem portas – Marcel Trigueiro

CELA_SEM_PORTAS_1477418308622431SK1477418308BSinopse: Portador de uma forma rara de esclerose, Miguel consegue mover apenas os olhos, pálpebras e parte da mão direita, o que lhe permite ter um mínimo de independência para portar-se normalmente no mundo cibernético e sair-se relativamente bem na escola. Como ontem foi dia dos professores, Miguel redigiu e sua mãe transcreveu de próprio punho uma pequena carta que pretendem entregar à professora preferida dele, numa singela homenagem, assim que ela chegar para dar aula.

Nessa mesma manhã excepcionalmente quente de primavera, pouco mais de quinze pessoas são feitas reféns por dois homens armados dentro de um ônibus próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Tirar as vítimas das garras daqueles sequestradores deveria ser competência exclusiva das forças policiais cariocas. Entretanto, depois que a Polícia Civil começa a agir e a imprensa monta seu aparato para que todo o país fique ciente do que está acontecendo, uma fatalidade faz com que o agente federal de Inteligência Matheus Erming entre na operação. A partir daí, a situação vai ficando cada vez mais desesperadora para todos os que acompanham o sequestro. Para Miguel e sua mãe, que assistem a tudo na escola, o desespero e a sensação de impotência são amplificados quando se deparam com uma dura realidade e uma possibilidade talvez não tão remota. A realidade: a professora não chegará a tempo para a aula. A possibilidade: que aquela carta jamais seja lida.
O Marcel Trigueiro me enviou seu livro Cela sem portas como um romance policial e para mim foi uma adorável descoberta perceber que ele trata de muitos temas além de resolver um crime. Gostei bastante do livro como vocês podem conferir no vídeo abaixo. Confira como adquirir o livro no fim do post.
Entrevista feita por e-mail com o Marcel
1. Me fale um pouco sobre você.. Como começou a escrever? Seus livros? Próximos projetos?
Sou formado em Ciências da Computação. Na faculdade havia um pequeno jornal de circulação interna onde cada curso tinha uma coluna, e quem escrevia a coluna de Ciências da Computação era eu. Várias pessoas elogiavam a minha escrita e meu estilo, inclusive os professores e os editores do jornal. Eu sempre achei que escrever bem significa reescrever, e era assim que eu fazia com todos esses pequenos textos: escrevia com paciência. Nunca havia pensado em escrever nada que se parecesse com um livro de ficção, e nós sabemos que escrever uma redação é bem diferente de escrever um livro. Um tempo depois, quando eu estava já casado, comentei com minha esposa sobre minha coluna no jornal da faculdade, e ela então sugeriu: “por que você não escreve um livro?”. Isso foi a semente, que se transformou em iniciativa, que se transformou no embrião de meu primeiro livro: O Próximo Alvo.
O caminho natural para mim foi pensar no protagonista primeiro, para então pensar em alguma história. Pensei num analista de sistemas, ou engenheiro de sistemas; porém, as histórias que eu conseguia imaginar com isso seriam muito chatas. Pensei então que seria melhor se o protagonista tivesse porte de armas, e com isso veio a ideia do perito computacional federal. Uma vez decidido que o protagonista seria um perito, as coisas começaram a fluir melhor.
Cela sem portas foi decorrência natural de escrever um segundo livro. Decidi que tentaria fazer algo parecido com uma série policial, daquelas em que não é necessário seguir uma ordem de leitura (como os mais de doze livros (acho) da série Scarpetta, de Patricia Cornwell, que têm uma médica legista como protagonista). Claro, há algumas referências em Cela sem portas ao primeiro livro, mas a trama não tem dependência. Em Cela sem portas, Matheus já não é mais perito (é agente de inteligência), mas ainda põe a mão na massa.
Como próximo projeto, estou achando que vai ser algo que se passa daqui a 40 anos, aproximadamente, pois tenho algumas ideias para uma trama que aproveite certos elementos desse período, num exercício de futurologia. Essa história teria, sim, relação com a série policial. Porém, ainda não posso revelar como. Obviamente, Matheus Erming seria um vovô nesse livro, mas quem disse que será ele, necessariamente, o protagonista? Veremos… Pretendo lançar esse terceiro livro no ano que vem. No processo de criação, tudo pode mudar. Posso começar a escrever isso e ter uma outra ideia melhor, para uma história que se passe nos dias atuais, e então seguir outra linha. Nada é certo.
2. Como fez para publicar o Cela sem portas de forma independente? O que acha do mercado editorial hoje?
Eu já tinha publicado O próximo alvo através da já falida Editora Bookmakers. Uma das integrantes dessa editora fundou outra editora (Lumos) e eu a contratei. Porém, devido à crise, a Lumos parou de ser editora e passou a prestar serviços editoriais somente, e depois nem isso. Então decidi que, para Cela sem portas, eu faria tudo. Eu mesmo contrataria diretamente os serviços de revisão, leitura crítica, diagramação, ficha catalográfica, capa, etc, etc… É meio trabalhoso ser o editor do seu próprio livro, mas o lado bom é que se tem mais liberdade. Nesse caminho, acabei fundando minha própria micro editora, e pretendo relançar ambos os livros com acabamento mais caprichado, e já com a nova logomarca (não mais com “Publicação Independente” na capa).
3. Que tipo de pesquisa fez sobre os bastidores da polícia para se basear e escrever o livro?
Eu tentei, juro que tentei, entrevistar policiais para escrever meus livros, sobretudo o primeiro. Quando estava escrevendo O próximo alvo, tentei contato com um ex-professor de faculdade meu, que atualmente é perito computacional lá em Natal/RN. Mas não tive sucesso. O contato seria através da esposa dele, que trabalha com um amigo meu, mas ela começou a colocar empecilhos (“ah, mas para que ele quer o telefone dele?”), e eu entendo. Quando se é policial federal, você não quer muita exposição, até por questões de segurança. Também entrei em contato com a delegada (na época) da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI, da Polícia Civil do Rio), e ela me respondeu. Me mandou um e-mail com um inspetor em cópia, dizendo que eu poderia enviar perguntas a ele. Enviei os e-mails e ele não respondeu nenhum.
Fiz outras tentativas, mas acabei desistindo e fazendo minhas pesquisas na Internet mesmo. Liguei umas duas vezes para a ouvidoria da Polícia Federal, mas só para saber, por exemplo, em que andar fica o Departamento Técnico-Científico da PF em São Paulo, ou para saber que devo usar o termo “Departamento Técnico-Científico” em vez de “Divisão Técnico-Científica”. A maioria das pesquisas foi pela internet mesmo (hierarquia da polícia, os cargos, etc).
4. O que te motivou a falar de sequestros?
Cada livro tem uma semente que dá origem à premissa principal. No caso de O próximo alvo, essa semente era o protagonista. A única coisa certa era que o protagonista seria um perito computacional. No caso de Cela sem portas, essa certeza era: um dos personagens vai ser Miguel, um garoto que já havia participado, digamos, de uma das minhas duas ou três crônicas que eu havia escrito sobre educação especial.
A ideia do sequestro veio de uma tentativa de criar um roteiro mais ágil, de dar algum senso de urgência maior, trazendo uma diferença na forma como a história é narrada (se comparada com o primeiro livro). De início, imaginei sequestro em shoppings, mas depois imaginei um ônibus. A ideia da professora veio justamente porque essas crônicas tratavam de educação especial, e eu queria de alguma forma falar sobre isso, mesmo que não fosse “um livro sobre educação especial”.
5. A política é um tema bem polêmico e para mim o Cela não é só policial, fala também de corrupção. Como você vê o tema no livro? E o que vc acha do assunto em geral?
A corrupção é um veneno que está entranhado em todas as esferas de poder. Eu também já havia falado sobre isso em algumas crônicas críticas. É algo que também aparece no meu primeiro livro, mas surgiu naturalmente durante a construção das tramas. Não decidi “vou fazer um livro de cunho político, ou com críticas à corrupção”. Foi um elemento que surgiu naturalmente na construção das tramas e sub-tramas.
6. Quais são os autores que te inspiram dentro da Literatura Policial?
Curiosamente, não leio tanto literatura policial. Apenas quando já havia escrito alguns rascunhos de Cela sem portas eu comecei a ler Agatha Christie. Acho que já li uns doze livros dela. Scott Turrow também é um autor de que gosto bastante. Para cada livro que leio, sendo policial ou não, tomo nota do que gostei, do que não gostei, que artifícios foram usados para se chegar ao climax ou para “enganar” o leitor, etc.
7. Pretende escrever sobre outro gênero?
No momento, não tenho pretensão de escrever sobre outro gênero, mas me vejo escrevendo, no futuro, talvez ficção científica. Mas atualmente pretendo seguir somente com a série policial.
Para adquirir o livro físico entre em contato com o e-mail: contato@freezeshadoweditora.com.br
E na Amazon: O próximo alvo e Cela sem portas
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Espero que tenham gostado! Beijos